Walter Rodrigues
O estilista se inspirou no continente africano para criara uma bela coleção e um desfile que abriu magistralmente a Fashion Rio.
Com casting formado somente de modelos negras, o desfile apresentou peças com uma simplicidade elegante trazida de Quipapá, cidadezinha na zona da mata de Pernambuco , onde os estilista esteve para trabalhar em um projeto de capacitação para as costureiras locais e de onde extraiu a leveza das construções artesanais para sua coleção.
As peças são, em sua maioria em tons terrosos e azul marinho que por serem cores tradicionais de estações mais frias, chegam ao verão acompanhadas de acessórios multicoloridos, estampas florais e apliques de flores e fuxicos. Excelente começo!
Com ispiração na arquitetura déco de Miami Beach, a coleção vem com muitas estampas com grafismos e geometria. As peças são bem curtas e justas, bem sexy como o verão brasileiro. Uma coleção bem clean e bastante comercial, mas nem por isso menos interessante e admirável.
Uma das sensações do desfile foi o esmalte usado pelas modelos. A grife encomendou para a Big Universo o produto que lembra bastante a nova sensação da Chanel: Nouvelle Vague. O esmalte se chama Acqua e só estará disponível para vendas em setembro.
A inspiração do desfile foi a criação e renovação da natureza. Com exceção de algumas nuances de vermelho queimado e verde, a ausência de cores foi marcante para uma coleção de verão. Os profundos decotes em “V” estiveram presentes na maioria das peças. Ao final do desfile, apareceram peças com uma linda estampa de folhagens, representando a renovação da natureza, que é tema recorrente da maioria dos desfiles da temporada. Amei tudo, sem uma exceção!
Não tinha como a coleção da Salinas não ser perfeita: a inspiração foi uma viagem entre Bahia e Cuba feita através das fotografias de Pierre Verge! Essa mistura resultou em moda praia com um toque bem tropical: cores vibrantes, estampas quentes, flores, laços e babados.
Uma modelagem ampla que vai do biquininho às calcinhas maiores (inclusive hot-pants!), bustiê tomara-que-caia, cortininha e maiôs tornam a praia bem democrática (isso não foi inspirado em Cuba...).
Adorei os babados removíveis das alças dos sutiãs, os paetês aplicados nos biquínis e os detalhes de pompom nas amarrações dos biquínis. De repente me deu uma vontade de ir para praia...
A coleção batizada de “Remastered and Remixed” tinha como objetivo trazer um mix de idéias que refletissem a identidade da marca. Mas, na prática, o desfile foi uma releitura dos anos 80. As peças tinham na grande maioridade cores em tons pastel. Achei o desfile meio sem rumo. Não foi comercial e nem conceitual. Várias vezes fiquei me perguntando quem usaria tal peça? Não achei resposta...
Mais um desfile conceitual da marca que apresentou intricadas peças arquitetônicas com volumes, armações e drapeados. Alguns vestidos lembravam muito Os Jetsons (desenho animado futurista). A cor predominante foi off-white com algumas peças em tons vibrante de rosa, amarelo e laranja.
A sensação do desfile foram as sandálias criadas em parceria com Fernando Pires que apresentavam uma plataforma em acrílico transparente.
Fotos: reprodução
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